quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
A NOIVA PERTENCE AO NOIVO
“Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. João 17:24."
Existe um desejo no coração de Jesus: que nós estejamos onde Ele está, que nós estejamos com Ele. O desejo do coração de Deus é ter comunhão com o homem. A missão de Deus é arrebatar o meu coração e o seu coração para que nós venhamos a amá-lo com tamanha intensidade a ponto de nós atrairmos a presença Dele aqui para esta terra.
O plano principal de Deus é estabelecer o reino Dele aqui na Terra, e o objetivo principal do cristão deve ser colaborar com esse plano.
A igreja que vai presenciar a volta de Jesus é a igreja que anseia de todo o seu coração estar com Ele, pertencer à Ele, mas esta igreja precisa estar viva, estar atuante, precisa estar de pé.
Eu não me refiro há estrutura, prédio, placa, eu me refiro à pessoas (eu e você = nós), pessoas que são pedras vivas ligadas à pedra fundamental que é Cristo. (Ministração Nívea Soares)
Existe uma noiva sendo preparada para um noivo, uma noiva sem mácula, caminhando em obediência, em plena concordância com Jesus, comprometida com a Sua vontade.
A noiva precisa estar com o coração aberto para acolher os outros em suas lamentações;
A noiva não intenta o mal contra o próximo;
A noiva perdoa porque foi acolhida pelo perdão de Deus.
A noiva é misericordiosa, pacificadora;
A noiva rejeita a maledicência e paga o mal com o bem;
A noiva se esvazia de si mesma e se enche da graça de Deus e isto é evidenciado em suas atitudes;
A noiva não se promove com uma falsa espiritualidade;
A noiva combate a violência, rejeita a injustiça e proclama a paz;
Para ser esta noiva é preciso estar alinhada com o noivo (Cristo).
Essa noiva somos nós (igreja = corpo de Cristo)
Você pode estar pensando: Mas eu sou tão falho, a minha caminhada está difícil, está pesada!
Se você estiver se sentindo assim, lhe convido a meditarmos juntos no texto do Salmo 30:
Inicialmente o salmista (Davi) reconhece suas fragilidades e suas limitações, bem como sua vulnerabilidade diante das dificuldades da vida. Ele fala que era alvo das zombarias e das brincadeiras de mau gosto de algumas pessoas, que o salmista chama de inimigos (v. 1).
Ele descreve a situação da sua saúde, que estava agravada. Em outras palavras, o autor do salmo estava à beira da morte quando foi contemplado pela misericórdia de Deus (v. 2-3). Davi, em sua oração, registra o choro e o lamento que tomou conta da sua vida em virtude da sua fragilidade e fraquezas humanas (v. 5) e não deixa de mencionar que ficou confuso e desorientado quanto à vida e os desafios que estavam presentes em sua vida (v. 7).
Este sentimento e esta constatação da precariedade da vida humana devem acompanhar aqueles e aquelas que têm fé, a esperança, e a graça de Deus em suas vidas.
É natural que a pessoa humana, em sua experiência com Deus, esqueça suas limitações.
Mas devemos reconhecer nossa fragilidade ante o poder e a grandeza de Deus.
O salmista aprendeu a ser humilde e a confiar em Deus.
No versículo 6 ele declara: "Quanto a mim, dizia eu na minha prosperidade: jamais serei abalado". Ou na linguagem de hoje: "Eu me senti seguro e pensei: nunca terei dificuldades". Ele se encontrava tranqüilo em sua prosperidade, riquezas, conquistas e na sua própria saúde. Achava-se inatingível. Estava enganado. Aprendeu grande lição.
Aprendeu que a segurança estava na confiança em Deus e que Ele age através de pessoas frágeis e imperfeitas porque é cheio de graça e misericórdia.
O verso 5 é o centro deste salmo. Ele ensina que o silêncio de Deus é momentâneo. Quando o salmista diz que chorou a noite toda revela que se sentia abandonado por Deus e inseguro quanto ao futuro. Ele confiava em sua prosperidade e quando adoeceu gravemente buscou a Deus, mas não recebeu resposta imediata. Orou e lamentou a noite toda buscando a graça de Deus.
Ainda no verso 5 o salmista ensina outra grande lição: o período de silêncio de Deus é curto e para nosso próprio bem, pois o "seu favor dura a vida inteira" - a bondade divina é para toda a vida. Os momentos de tensão, angústia, medo, fragilidade, desesperança e dor podem durar a noite inteira, mas o regozijo, o consolo, a paz, a segurança interior vêm pela manhã.
O salmista conclui seu salmo e sua oração com uma ação de graças - v. 12.
Ele aprendeu a importância da ação de graças e manifestou seu conforto e sua satisfação por todas as coisas, sabendo que elas refletem o cuidado do Deus eterno.
O salmista agradece porque Deus mudou os seus sentimentos: "converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria".
Ele convidou outras pessoas para seu culto em ações de graças, pois queria que todos reconhecessem o cuidado de Deus e a Ele fizessem ações de graças.
O Salmo 30 é um modelo de oração para nós.
Assim como Davi, faça a sua oração, apresente-se diante de Deus assim como você é, com verrugas e tudo. Como filho(a) de um pai amoroso, abra o seu coração e faça as suas petições. Exponha suas preocupações, frustrações, anseios, sua falta de fé diante das circunstâncias e provações. Peça ao Espírito Santo de Deus que trabalhe em você para alinhar o seu coração ao coração Dele, à vontade plena Dele, para que ele prepare você como sua noiva.
Perseveremos, dia após dia a fazer esta oração e convidemos outros para orarem conosco:
“Não queremos estar adormecidos, não queremos estar dispersos – queremos ser uma igreja cada vez mais alinhada com o coração de Deus.”
AMADURECER É NECESSÁRIO
PAIXÃO: Atração muito viva que se sente por alguém ou por algo, é impulsivo, desesperado, inquieto.
É como a ONDA do mar que vem arrastando tudo e termina na praia, deixando a espuma que rapidamente evapora ao sol. Ou seja, é algo que passa.
Exemplo: Namoro: borboletas na barriga, ansiedade, ciúme, explosão de sentimentos.
AMOR: Afeição profunda por alguém, zelo, dedicação.
É como o OCEANO: imenso, numa combinação entre calmo e revolto.
Exemplo: Casamento: Aliança, Comprometimento, Responsabilidade, Fidelidade. Cumprir com os votos, fazer um ao outro felizes.
Trazendo isso para nosso relacionamento com Deus, temos a paixão inicial: quando aceitamos Jesus, nos apaixonamos por Ele, queremos estar perto, conhecer, falar, cantar, gritar, mas durante o processo detransição entre a paixão e o amor, ou seja, no momento de progredir no relacionamento, muitos “esfriam”, querem “dar um tempo” ou “terminar de vez" e seguir outro caminho. Perdem então o foco.
O que essas pessoas não entenderam é que é gostoso e bom estar apaixonado, mas amar é melhor ainda. Porém, o amor é diferente da paixão. Como disse no início o AMOR é OCEANO, imenso numa combinação de calmo e revolto. E assim, como no casamento, para se ter sucesso no relacionamento com Deus é necessário nutrir este amor, caso contrário ele morre.
Como nutrimos o amor em nosso casamento? Através do respeito, comprometimento, agradando ao outro, fazendo o outro feliz, sendo gentil, cuidando da aparência, dialogando, entre outras inúmeras coisas.
No casamento temos altos e baixos (OCEANO), tem dia que não estamos muito bem, às vezes há divergências, mesmo nos relacionamento mais longos. Mas o que podemos perceber é que com o passar dos anos o casamento amadurece, ele se torna diferente do ínicio. Veja primeiro foi a paixão, depois a adaptação e a nutrição e a partir daí um aprofundamento da relação dia a dia, mês a mês, ano a ano. Vamos nos conhecendo melhor, apenas pelo olhar, pela entonação de voz, pelo toque.
E como nutrimos nosso relacionamento com Deus? Orando, lendo e meditando na palavra, jejuando (a superfície do Oceano).
Mas e como podemos amadurecer neste relacionamento com Deus?
Lembrem: o AMOR é OCEANO. Muitas de nós e a grande maioria das pessoas, talvez nunca tenham a oportunidade de conhecer as profundezas do mar e ver as diferentes e fantásticas formas de vida que habitam aquele lugar.
Mas, no relacionamento com Deus devemos desejar sair da superfície e conhecer e explorar as profundezas da Sua Presença.
Então, começamos na superfície, mas para chegar às profundezas podemos adicionar, entre outras coisa, o DIÁLOGO.
Falar é diferente de conversar, porque conversa é quando os dois tem a oportunidade de falar e enquanto um fala o outro ouve.
Será que nós temos falado ou conversado com Deus?
Quando fui discipulada, aprendi sobre o Quarto de Escuta, onde dispunha de um tempo para falar e OUVIR Deus. Eu acredito e tenho razões pessoais para acreditar que o DIÁLOGO com Deus nos leva, em adoração, às profundezas da Presença de Dele e gradualmente nos amadurece espiritualmente.
Mas de que adianta sermos maduros? O que isso nos traz?
Além de intimidade e inúmeras experiências com Deus, este amadurecimento nos leva a definir nosso papel no Reino.
Porque a partir do momento em que estivermos maduros, poderemos cumprir com os propósitos de Deus para com as nossas vidas e ampliar o Reino de Deus na terra.
É importante, ressaltar que, este amadurecimento faz com que estejamos no lugar certo, porque assim como uma máquina, para funcionar perfeitamente é necessário que todas as peças estejam em seus devidos lugares, caso contrário, ela não funcionará ou funcionará parcialmente, enroscando, fazendo barulhos diferentes e não conseguindo cumprir perfeitamente com a sua função: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desmepenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor" Efésios 4:11-16
Para obter sabedoria e discernimento é necessário se posicionar e manter este posicionamento. Não conseguiremos amudurecer se formos inconstantes: duvidando, questionando, retrocedendo."Se porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e lhe será concedida. Peça-a porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre*, inconstante em todos os seus caminhos." Tiago 1:5-8 (* dobre: disposição para agir de 2 maneiras, inconstante)
Enquanto permanecemos em nossa "síndrome de Peter Pan", como eternas crianças espirituais, sem querer crescer e amadurecer, atrasamos o estabelecimento do Reino de Deus na terra e não cumprimos com o propósito proposto por Cristo para nossas vidas. "Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para queles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal." Hebreus 5:12-14
Concluindo: devemos sair da superfície e nos aprofundarmos na Presença de Deus para amadurecermos e cumprir a missão por ele designada, em prol do Reino.
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